POESOFIA

TRATADO DA HUMANIDADE

Não existe maior tratado da humanidade

que o da paz imanente em si mesma.

O desejo pela paz é o mesmo pela felicidade, 

pelo amor e pela liberdade.

Conhecer esta realidade é conhecer a verdade 

pela sua causa.

Somos inseparavelmente em essência,

pela existência  e na ação.

Somos em ato.

Tudo é compreensível ao pensamento consciente.

O desejo pela paz começa com o domínio de si

em forma de união.

Eis a condição da liberdade humana.

Em nosso limite supersticioso,

convivemos com o livre-arbítrio,

mas deixamos de praticar a paz.

Em nossa imaginação almejamos a perfeição,

mas na realidade precisamos corrigir nossos erros.

A natureza humana é em sua essência 

uma realidade dialética entre o bem e o mal.

Pelas paixões sofremos pela natureza contrária que existe,

mas com esforço perseveramos em nossa essência.

Alegramo-nos em nome do amor,

mas o ódio e a indiferença podem destruir e entristecer.

Nada é pior que a escravidão

porque desumaniza,

e eis por que surgem as revoluções.

Julgamos o que é bom 

para conservar o próprio ser,

 ao contrário, só se não desejar ser melhor.

Temos em potência o domínio da razão

sobre nossas vontades que por vezes são descontroladas.

O amor é o sentimento de Deus

que se expressa de forma humana.

Em nosso corpo agimos

e com ele conhecemos e compreendemos 

a dimensão da liberdade que temos,

liberdade que anseia e eterniza

na grandeza avivada da fraternidade.

A alegria da existência está na vivência

dos bons sentimentos,

e a esperança da paz existirá 

enquanto houver ser humano na terra.

(Agosto/2013)