" ESCREVER É PRECISO "

terça-feira, 9 de abril de 2024

SUMÁRIO

SUMÁRIO




2015
Janeiro - Escrever é preciso
Março - Endyra
Abril a dezembro - Poemas Científicos

2016
Janeiro - Coélet (Cf. 2023, dezembro)
Fevereiro - Eremita
Março a dezembro - Poesofia

2017
Janeiro a dezembro - Poesofia 

2018 
Janeiro a dezembro - Poesofia 

2019
Jameiro a dezembro - Poesofia

2020 
Janeiro a junho - Poesofia 
Junho - Contos do Reino 
Julho a dezembro - Poesofia

2021
Janeiro a dezembro - Poesofia 

2022
Janeiro a agosto - Poesofia 
Setembro a dezembro - Poemas Científicos

2023
Janeiro - Mensagem de um Poeta Amado
Fevereiro - Poemas Científicos 
Março - Poesia com Espiritualidade
Abril a novembro - Poemas Científicos 
Dezembro - Coélet

2024
Janeiro - Kahal
Fevereiro - Poemática 
Março - Narrativa de Vida 
Abril - Sumário 
Maio - 

  




quinta-feira, 7 de março de 2024

NARRATIVA DE VIDA

NARRATIVA DE VIDA


*** Em meu aniversário de 62 anos, estando na Prainha, em Aquiraz, junto à Creuza, na companhia da Alessandra e o filho Levi, na casa da Dona Celeste, no sábado de Aleluia (30/03/2024), amanheceu chovendo, com direito a raios e trovões. Meu dia! Nasci! Viva! Alegria! Sábado de Aleluia com chuva… Que coisa boa saber da vida vivida e convivendo bem com a esposa, filho e filhas(Jonas Filho, Luana, Débora e Rebeca) me enviando mensagens. Saber que sou parabenizado pela vida que gerei, permitido pelo bom Deus. Feliz aniversário, sim! Parabéns para mim pelos filhos. Sou grato a Deus por ser avô. Pelas orações que nos fortalecem na fé perante um mundo que clama por paz. Que cada dia, cada ano, seja melhor pelos ensinamentos em favor de uma vida digna. E que em nome do amor que Jesus nos ensinou, vença qualquer dificuldade. Amo a vida com saúde, paz, amor e longevidade, na alegria e na tristeza. Feliz PazCoa! 

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**Abril de 2024**

O tempo passou e a gente cresceu com filhos, estudos e sentimentos... Hoje sinto o quanto aumentou a nossa responsabilidade. Agora preciso de mais cuidados. Ensinamos os filhos e filhas e tantos ao nosso redor. Cuido da minha saúde regularmente. Vou a médicos conforme a necessidade e prevenção. O cardiologista me falou para cuidar do coração cuidando do corpo na totalidade. Aconselhou-me o que é para toda pessoa: exercício físico com orientação, dieta, medicação e acompanhamento com nutricionista. Lembrei de tanta coisa na vida... O tempo passou e agora preciso mais cuidados. Sei que posso acompanhar a vida com todos os cuidados médicos e afetuosos.  Como professor, acredito que serei muito bem cuidadoso. Vou fazer outro Mapa 24h e exames de ECG 12 derivações, hemoglobina clicada, creatinina, colesterol total e frações, ureia... São tantos exames repetitivos... Mas é assim que se avalia. Tanto que faço avaliação. O tempo passou... Sinto que a memória está trazendo de volta um cuidado especial salutar. Posso cuidar de mim sem o amor e sem a ciência? Com certeza, não.

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Bom dia…

Acredito que estamos vivendo numa longa transição virtual, com a correria dos trabalhos de fora e de dentro de casa; coletivo e pessoal. O mundo cibernético ajuda e acumula muita coisa. Como estamos distantes de alguns pormenores e detalhes que também são muito importantes, e pela ocupação de outras prioridades próximas da gente, passamos despercebidos por outras atividades relevantes…  Contudo, estamos interligados, conectados. Que Deus nos abençoe com a memória saudável de cada dia por um mundo mais amoroso, 





segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

POEMÁTICA


POEMÁTICA


(2015 - 2018)

Jonas Serafim




 POEMÁTICA



Poemática pode ser compreendido como um vocábulo do próprio dicionário, entendendo também, como um estudo sistemático ou não, para desenvolver a arte de escrever uma composição de forma poética, envolvendo algumas regras e estilos para dar forma ao texto em versos como um novo paradigma.

O aspecto formal da gramática ou informal da linguística nesta técnica estrutural que poematizo, não é pura especulação, pois combina a elaboração poética a partir de atos da linguagem que se referem a ação do sujeito com a palavra como uma performance filosófica da poesia.

O significado de Poemática nestes poemas expressa um sentimento com uma nova definição que relaciona a inspiração com a pesquisa acerca dos temas desenvolvidos, descrevendo nos versos as histórias vividas e pensadas, percebendo a simbologia e a beleza com renovados conceitos no aspecto humano.

Em nosso tempo contemporâneo, a literatura avançou até na cibercultura, adquirindo características e elementos determinantes no mundo virtual. Mas, a serviço de quem? Contudo, cabe a cada ser vivente descobrir a sua missão no Planeta e no contexto social, no sentido de qualificar a humanidade fraternalmente, proteger a natureza com toda a sua biodiversidade. Assim, é possível com esta criticidade incorporar as virtudes que nos humanizam, apesar da violência e da guerra. Portanto, o nome Poemática já traz uma qualidade feminina para articular o convívio em todas as suas maneiras de se relacionar e de se reconstruir como uma ação libertadora.

Poemática questiona aonde posso chegar com um texto do povo pobre e sofrido, na caravana da vida com a voz e a vez da paz; na hora verídica quando se é de verdade na conjuntura do mundo capitalista. Questiona também quando o sentido é percebido com inquieta quietude, quando o poema é um vulcão da realidade que explode na pluralidade dos sujeitos históricos em construção. A mensagem aqui é de um guerreiro ou guerreira, lutador ou lutadora, com as ideias que se encontram inerente em cada pessoa. 



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  "... pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dentre os poetas de vocês disseram: 'Somos da raça do próprio Deus'". (At 17,28 - Bíblia Sagrada Edição Pastoral).

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1 - POEMÁTICA


Poematizo uma inspiração

que indaga ao coração

e não é pura especulação.

 
O que é então a poesia?
Tristeza, alegria e fé,
vibração, homem e mulher,

 miragem, oásis  e ocaso,
horizonte, céu e mar,
criança, jardim, e flor... 

Poematizar assim
é simples no escrever
mas não no conviver.

E conviver conhecendo
é entender  sabendo 
no pensar e no fazer.

 O que fazemos
ou deixamos de fazer 
fica por entender.

Poematizando
amando 
sofrendo

Convivendo
aprendendo
ajudando

Trabalhando
construindo
transformando

Poematicamente vejo
filtrando as palavras
sentindo o que penso

E pensando escrevo 
e revejo novamente 
admiravelmente.

Praticamente sou,
e não confunda com fácil,
o que vivo e o que faço.

Poética arte dos versos 
me ajudam na crítica 
e na eternidade.

O que se faz com os versos 
de um versejador
para aliviar a dor?

Versejo uma composição 
pensando no coração
pisada no fértil chão.

Poemeto não prometo 
fazer nenhum enredo
como promessa que não irei cumprir.

O medo é desafiante
pra testar o viver
e deixar de sofrer.

Tentados seremos sempre 
e sempre nunca será
sendo assim: sempre e nunca, algo a se pensar. 

Poetificar umas frases 
para agora repensar
a realidade em que ajo.

O ato feito em cada instante,
é em cada sentimento,
sendo atroz ou amante.

E se errar por tentar acertar 
torna válido ao vivente
o fato de ter nascido.

Poema meu nascido de mim
livre de estrutura formal
sendo do meu osso carnal.

Inspiro-me no ar que respiro
na vida real
no sol e na lua...

Na terra e no céu
na água e no fogo
na matéria espiritual.

Poesia minha matriz 
maternal útero das palavras 
da essência do pensar.

Mística revelante
esperançosa paciência 
 faz-se iluminar.

Clareia dia e noite,
apesar de tanta cegueira,
como estrela está a brilhar.

Poemática na parte prática 
é a vida que exige presença 
é o sentido de nossa sentença.

O agora é o que nos resta 
de tudo o que já fizemos
e o que sobra é da vida.

Nem tudo é inspiração
nem tudo é consciência 
nem tudo é conclusão.

(Janeiro/2015)


2 - AONDE POSSO CHEGAR?

Aonde posso chegar
sabendo que a esperança
está no potencial
do que é possível fazer?
Já respondi?
Reflita!
O futuro não existe.
 O futuro começa no presente.
Para aonde andamos 
existe um lugar que dê motivo.
Vivemos para saber 
por que existimos.
Procuramos caminhos 
com nossos objetivos
e formamos os princípios.
Escolhemos por vontade
e muitas vezes vivenciamos 
coisas que não escolhemos.
Colhemos o que plantamos
 e até o que não plantamos.
Estamos indo
ao encontro do que criamos.
O tempo acontece em nosso ato.
Como uma ponte passamos por nós mesmos.
Ultrapassamos.
Além disso,
aonde posso chegar?

(Janeiro/2015)


3 - Ç

 Saudações!

Abençoe Deus esta ação que em oblação,
no cabeçalho clama justiça e libertação,
como mudança para a nação,
como aliança de bonança em oração.

Afeiçoa-me uma admiração
neste esboço em narração
sem indiferença por opção
com esperança e vibração.

Quiçá possa alcançar um avanço
como caçador de confiança
e o coração de contrição e correção
na crença de uma nova criação.

Debruço descalço no espaço da dedução 
com esforço e fiança da cognição 
e em função da maior abolição 
sinto a presença e a recepção da emancipação.

Eis que esta redenção traz nova respiração
sentença que alça a ressurreição
serviço que traça uma unção
começo da graça e da vocação.

Concepção ou herança desta tradição 
exige confirmação e participação
abnegação, aceitação, aculturação,
celebração, consagração...
Endereçado a todos sem exceção.

Lançando o lençol que enlaça liderança 
com a noção de segurança e temperança,
com absorção de toda vizinhança,
como alçapão, um adereço desta arguição.

Pelas andanças e façanhas da vida,
com lembranças, sensações e rebuliços, 
pede-se solução em tantas situações...
Segue a abstração contra a alienação.

Nesta redação em tempo de computação
dançam as palavras sem canção
embaraçadas no mundo embaçado
com estilhaço que balança a cabeça.

Diante de tanta tradução
tropeço na letra que trança adequação
faz adição, adoção e aquisição,
arregaço as mangas 
alicerçado com Deus na condução.

Atiçado por aclamação própria     
com absolvição para nenhum açoite,
feito de aço e sem ameaça,
sob condição de viver sem inquisição.

Com licença praça e população.
 Faço petição diante de tanta poluição,
Passo a piaçaba sobre a carniça e a cobiça da corrupção
sobre a palhaçada e a pirraça,
a bagunça de toda trapaça da ambição.

Tripulação! Raça do mundo! Ouça!
Gente nossa semelhança!
Seres vivos! Minerais! Hortaliças
e toda vegetação!
Atenção! Tenham precaução!

Esta dicção tem a designação e a prescrição,
e serve como prevenção,
contra destroço, matança,
destruição ou desolação.
Couraça de uma nova convenção.

  Fuçando como mestiço jagunço
num roçado ou num açougue em refeição,
ou como no feitiço da pajelança
alvoraçada na piçarra do terraço da palhoça;
ou catando caroço, carcaça, bagaço de babaçu e cachaça na cabaça...
Repenso como criança
desenhando em fumaça,
na doçura do açúcar 
da maçã...

Na proporção desta adaptação esvoaçante
com letras em coleção e conjunção,
faço uma dobradiça disfarçante
com a maçaneta e o maçarico do alfabeto.

Na rotação que segue 
o roliço desta folha 
bebo uma taça de vinho e soluço.
Saio pra uma micção perto do mastruço,
sem contrair nenhuma infração ou infecção.

Um garçom maçom me serve
sem objeção numa mesa com castiçal,
uma nutrição de muçum para a pança.
Faz um orçamento e uma poupança das finanças.
E o preço realça a reputação
que me faz coçar a testa.

Depois da ração 
faço uma paralisação perto dum poço.
Sento na tapeçaria do gramado sem superstição.
Tiro a calça e desamarro a o cadarço
e em fração de um terço
o corpo faz uma sucção,
elimino a secreção com um pouco de tração.

Um pouco de preguiça e cansaço desponta em prestação
e assim vejo num cortiço uma carroça e uma caçamba
perto de um calabouço cheio de doença e mormaço
de uma facção que caçoava dos caçulas noviços.

É uma decepção sentir numa relação 
gente amordaçada e em redução
presa à pinça, miçanga, vingança, terçol, torção e outros troços...
Não é peça teatral, não.

Por uma vidraça em minha seção
percebo uma seleção antinatural
que o ato político e de fé
é um sumiço,
por falta de um sincero 
e verdadeiro abraço. 

(Janeiro/2015)


4 - X

Vixe!
Sem cobrar taxa,
siga este taxi.
Este texto enxerido com expressão exposta
que segue abaixo 
como enxame ou um têxtil,
exportando e enxertando 
um complexo de palavras 
sem axioma ou máxima,
talvez com um nexo ortodoxo,
também sem nenhuma xerox,
encaixa na forma duma xilogravura externa
de maneira exuberante e flexível,
como látex ou graxa de engraxate
que afixa numa lixa
com tarraxa em algum boxe xereta.
Com prefixo ou sufixo fico perplexo
com este telex sem luxo e sem lixo mixuruca
que mexe sem mexerico com meu maxilar.
E como um coaxar dos sapos
exalto e exibo a existência desta explanação.
Explico esta conexão explícita 
no convexo deste exame sem exagero,
e enxergo como em êxtase em extensão
que se externa numa realidade extra e sem luxúria,
oxigenando o ar com maior êxito.
Oxalá um Xamã do Xangô trouxesse
mais axé para exorcizar o mal e o que é tóxico.
Ou um xintoísta enxotasse 
e exonerasse a exploração humana.
Talvez um exército de bruxas
baixasse com um crucifixo ou enxada
e exercesse um exílio colocando num xadrez
os frouxos que fazem extorsão para lá fazer seu xixi.
Poderíamos celebrar as exéquias bem exotérica
num canto exótico
e relaxar das queixas, dos vexames e enxaquecas 
de um mundo explosivo.
Depois de extrapolar exaustivamente
com excedentes exemplos de exortação,
 exige-se sem exceção uma exata expectativa. 
Diante da expansão expedida desta experiência
espera-se uma extrovertida expiração.
Sem xingamento, rixa ou xaveco que ponha em xeque,
sem xenofobia, puxa-saquismo ou asfixia,
podemos tomar uma xícara de chá ou xarope,
comer numa baixela uma xepa com xerém
com um xerife ou xará;
ouvindo xaxado, maxixe, xiquexique, xote ou xodó,
no ritmo do afoxé, sem se preocupar com dislexia.
E nesta mixagem unissex com o próximo,
sinto a paixão roxa brasileira como um enxoval,
que não exclui os sexagenários e nem os baixinhos inexperientes.
E se quiser lavar numa enxurrada com xampu a axila e o tórax,
enxaguar e enxugar para exalar o aroma do coração,
 sem expulsar as veias do corpo são,
podemos sentir como numa simbólica exumação,
o poder do amor que nunca está em extinção.

(Janeiro/2015)


5 - ESDRÚXULO

No ápice da análise desta síntese autêntica,
faço uma antítese com método válido aos neófitos,
com o mérito do meu autógrafo em coágulo místico,
com a hipótese ideológica e homônima da ética.

Análogo aos textos nostálgicos, filosóficos e poéticos,
ou ao epíteto das lápides púrpuras e simbólicas
da época olímpica e das óperas cómicas,
do âmbito ávido, autônomo e da álgebra.

Diálogo didático de dádiva vívida,
fenômeno metafísico, biográfico e científico,
fórmula fotográfica do âmago em êxtase,
súmula do íntimo biológico espírito.

Epístola sólida, grávida de estímulo,
ecumênica, eclética, evangélica e democrática.
Cântico litúrgico, lúcido e nítido.
Arquétipo crítico, cântaro de bálsamo.

 Prólogo pacífico, parâmetro pedagógico.
Acróstico anárquico, acústico ao crepúsculo.
Álibi bélico, atômico e quântico,
como bússola numérica, eufórica, faz êxito.

Máxima ao público com propósito profético,
como óbolo da parábola em trânsito pretérito,
no cronômetro bíblico explícito e harmônico,
empréstimo eclesiástico de ágape e ética. 

Oráculo com acréscimo e crédito escolástico,
com ótica cíclica e cálculo clínico,
como âncora política e dinâmica, não estática;
como árvore aromática, higiênica e prática.

  Opúsculo em órbita, minúscula das músicas,
das mímicas das flâmulas exóticas e esotéricas;
partícula mínima, ágrafa e temática;
escrita em lâmina de lâmpada límpida e sônica.

   Hálito do Gênesis salvífico e canônico,
qual vinho no cálice ou córrego aquático;
que sente no estômago, na lágrima e no útero,
e nasce no óvulo ínfimo o sóbrio súdito.

Com óculos cômodos sem mácula ou narcótico,
vê-se quilômetros de rótulos rústicos e retrógados,
um déficit fétido, frígido, fúnebre...
Apócrifos, adúlteros, paralíticos e mórbidos.
Quimérica máscatra irônica e cínica. 

Da dúvida ascética, árida e atônita,
vê-se o árbitro angélico e o protótipo da técnica,
a química anônima e a simpática tática,
contra o antipático alcóolico e trágico anátema.

Eis que esta encíclica rígida, utópica e teológica,
 ecoa contra ávidos, anômalos e satânicos mortíferos.
Atesta óbito póstumo ao último ridículo,
joga no cárcere ou no mictório todas as vísceras.

Este tema teórico antiburocrático, colérico e ázimo,
tem um agrotóxico em cápsula iônica e específica,
que age como antídoto aos escândalos da cúpula econômica, egocêntrica,
do círculo de vândalos, de sádicos e antiéticos.

Neste uníssono único vômito término de vocábulos,
também vítima da dívida ríspida e tétrica,
envolta à ídolos eletrônicos de acúmulo paupérrimo,
incha em fábricas com máquinas de plásticos, de ônibus e de cibernética. 

 Apêndice tímido, onírico e de pólvora,
desperta do sonífero sábado do Êxodo unânime.
Une-se ao próximo, recíproco e cúmplice acólito,
qual mármore firme ou relâmpago de hábito tórrido.

 Retórica telúrica de pérolas e pétalas,
do pântano úmido e do zoológico monótono,
resgatam os autóctones do túmulo efêmero e anêmico,
faz um ato telepático contra acéfalos e sem pálpebras da República.

(Janeiro/2015)


6 - OXÍTONO

Fiz um mutirão pra estudar em reunião
como uma ação de alguém para amar
e para viver em comunhão entre irmãos,
e seguir na mesma razão em toda nação.

O autor em seu boletim faz com oblação uma criação
como sugestão da comunicação de escrivão
e com a mansidão substancial superior
passa a sonhar sem fazer ilusão.

Na imersão deste jardim de expressões
venho aludir com um bastão no rodapé
os sinais com teor de um tecelão
e situar, talvez, a solução.

Através da luz ou da escuridão
advém a evolução secular social
a solicitar e a socorrer pela união
como valor teologal de salvação.

Como um colibri a voar sem colidir e a beijar cipó e flor
azul ou lilás, fazendo bambolê, balé dando balão...
Fico a assistir sem resistir o fuzuê
ou o escarcéu vital, um tricô na visão.

Alguém ou além, o amanhã sem temor,
sem opressão ou escravidão, sem corrupção, sem ladrão,
sem terror ou tabu, ou algoz ou lesão...
Sonhar com o real prazer e com gratidão.

Coração cristão sem complô de religião,
é servidor ao sentir e fazer a ressurreição,
seja no candomblé com babalorixá, ou pajé, ou no Alcorão. 
Segurar o cordão da fé do perdão e sair da prisão. 

Soar, suar, fazer persussão. Sair do baú ou do sofá,
fazer batalhão sem aridez, mas com aptidão.
Atribuir voz e vez ao pulmão.
Deixar de sofrer ou viver na solidão.

Verniz no papel faz como toró no torrão
ou como um vulcão que no chão faz batizar
ao som do tambor e agogô da abolição,
dá pontapé como agricultor na plantação.

Vou autografar sem tensão  e sem televisão,
comer cuscuz, maná, vatapá, oirão e feijão,
caju, maçã, guaraná e café no salão,
pôr um chapéu e caminhgar entre os animais.

(Janeiro/20215)


7 - SEM A E SEM E 
RUMOR DO POVO

O bloco composto no birô,
num colóquio histórico, informo, indico.
Como motor vivo, ouso um sonho,
um suspiro novo, um bom futuro.

Publico um rico opúsculo,
lógico, límpido, lícito,
com título sólido, sofrido, 
no rumo do rumor do povo inculto.


Como ponto cingido no risco dum símbolo,
surgindo como sol solícito,
divulgo um pingo num rito rústico;
pulo do púlpito, conduzo, conspiro. 

Convoco filósofos, biólogos, ontólogos, holísticos, místicos dos Quilombos...
Juntos, cônscios, o coro crítico,
no cultivo do grupo implícito,
no incômodo modo do óbvio ofício.

Invoco no dito inscrito.
Insulto inquirir o injusto cínico, o jugo!
O bicho bruto, corrupto, fútil, inútil.
Grito no grifo profundo do Cristo.

Construo um corpo digno.
Físico, luminoso do fogo.
Óvulo do pó. Pronto! Útil! Vivo!
Húmus composto do cosmo preimitivo.

Constituo um princípio próprio.
Rígido, rigoroso, vigoroso, crônico.
Incluo os loucos, os lúdicos do mundo.
Luto com louvor bíblico. Convivo!

Conquisto frutos ocultos dos indivíduos.
Ouço os outros ouvindo tudo:
o pior, o ruim, o riso, o proibido, o sigilo, o rio, o ruído...
Consolo no conforto do porvir.

Pronuncio o ciclo chuvoso dos confins,
o cio do dilúvio do início,
do justo socorro dos choros,
do divisor lúcido construtor.

Sigo conscrito no conjunto convosco,
curioso dos custos, dos dízimos fictícios,
do luxo, do lucro, do juro, do lixo, do furto imposto.
Confio no motivo do dom divino.

Dói o insulto dos ídolos ilícitos,
implodindo no ruir ddos sócios
com signos ou rótulos por si só,
como robô do suicídio suplício.

Um motim confuso ou tumulto, 
no mundo mudo ou moco, obscuro,
com óbitos ou niilismo do ópio,
no ócio oco dos olhos omissos.

Imprimo no lombo do fóssil ou do fungo,
no duro frio cíclico, fixo, forçoso,
induzindo diluir um licor, um fluxo,
um frio condutor do próprio consumo.

Comigo miro o poço úmido,
único usufruto, líquido do uso.
Ligo unindo, ungindo, contrito...
Sinto nutrir no produto puro.

Do primórdio som infinito do último ritmo,
solto um grito, um grosso suor imunológico - contínuo libido.
Jogo jocoso do pudor inibido,
giro moroso, utópico do ninho vívido. 

Pulo do mundo do júri ortodoxo,
sumindo do sufoco sujo dos birôs-túmulos,
indo miúdo opondo os monstros,
supondo punir o peso do jugo nos ombros.

Concluo, por fim, o oculto motriz,
sutil, mítico, místico, vulgo do lírio.
Subo como vulto num odor do indulto,
por influir por mim como simplório micróbio.

(Fevereiro/2015)


8 - SEM A E SEM I 
TEXTO DO POVO 

Componho conforme o contexto que sondo
deste conteúdo que pego e escrevo
em estrofes que exponho sem medo
no expresso folheto que penso.

Percebo e pergunto no longo texto
em tese dos versos deste referente boleto,
os porquês de todo começo
sobre o bem, o que é bom, o belo e o vero.

O composto cordel que escrevo e observo
é um eco frequente de um enredo que evoco de perto
num folder que se ler um protesto pendente,
é um leve e lento soluço em tudo que soletro e levo.

Respondo num sopro breve e benévolo,
num conselho de um novo projeto
com método e modelo moderno,
sem pretexto ou temor, sem desepero ou tremor.

Conclamo de pé todos os nomes
em ser e ter no tempo urgente
com voz e vez, terna e fé,
com zelo de céu sempre presente. 

Convoco o povo com o punho,
com recursos de endereços num esboço.
Exorto num envelope que especulo,
externo o segredo, revelo, seduzo.

Repenso e confesso o que consulto.
Converso, estudo, provoco, reluto.
Renovo, removo, recomeço, recomponho.
Reúno no mundo o fermento de Deus.

Deus: Senhor perpétuo e pleno,
luz, nume, eterno, excelso,
que exulto, elevo e contemplo.
Forte do Êxodo, justo de todo poder.

Recorro neste repente responder o que se retem,
os velhos resmungos de cegos, surdos e mudos que se repetem,
que se opõem ocultos e obscuros
sob nuvem de burgueses opressores. 

Enxergo o erro que esconde o rosto,
que despreza o pobre com desgosto,
que mente por juros e lucros,
que promete e descumpre. 

Colo no rolo que rezo e lembro,
os corruptos poluentes, supérfluos e sujos,
gente do subsolo com troféu do terror,
corpo de túmulo, monstro do submundo, peste podre do esgoto.

Recomendo que se reeduque o processo
do pó e prole em percurso
com profundo querer de rebento,
que recupere reerguendo o melhor.

Desperto desnudo desprendendo do monólogo.
Obedeço o desfecho que executo,
sem excludentes, procedo pelo que procuro,
prezo pelo verbo que veste o que sustento. 

Empenho-me por tudo que escolho.
Espero com esforço pelo que luto.
Pelejo como fogo e flor
com o fôlego de feto no útero.

Coopero crendo no menor que perece,
perdendo o fruto do seu suor.
Revolto e subverto pelo choro doloroso
de quem quer comer e beber...

Ouço o som dos sem-teto em seus sonhos
no solo que sente o desterro externo do jugo,
o reflexo do sol sobre o resto robusto,
o berço bento colhendo em grupo.

Remonto em trechos com remo e leme
um rumo sobre muros e rudes rumores
que roem em roubos secretos
nos governos que cometem desordem. 

Forneço fonte em foco de hoje 
como holofote  que ofereço 
e que confere o que congrego
no consenso que reproduz no encosto do enpobrecer.

Quebro os remendos e rejunto num encontro.
Recebo e recolho recolhendo o socorro.
Revejo e removo e respondo no entender.
Festejo no florescer do futuro próspero.

Pressuponho pontos fecundos 
dos fenômenos seguros do século
dos termos que emprego e coleto
e represento neste desenho em versos.

Preencho no momento este módulo 
com noções e sugestões sem excesso 
que explode no vulto populoso
e emerge como esqueleto vivo. 

Promovo questões quentes e comprovo
requerendo reverter o que rogo,
como repórter resoluto reconduzo,
decompondo, defendendo o que deduzo.

Proponho proteger o que provo com o povo 
pronto no prumo deste protocolo.
Repreendo, corro, pulo e reprovo este jugo,
de gente feroz, cruel, soberbo... Recuso!

Recruto descendentes construtores 
e recentes receptores de renome 
em render e resolver o que é correto e certo
com retoque do costume prudente. 

Represento homens e mulheres, jovens, loucos, réus e reféns,
num recorte de um segmento sedento,
com recesso que prolongo e prorrogo,
no complexo bojo do globo. 

Relendo os remetentes como suplemento
retorno pelo setor que rompe o germe do furto,
sendo os robores do extenso solo demente
sorvendo no sufoco veneno de solvente seboso.

Recordo dos sofredores superpotentes 
no testemunho tremendo de vencedor
que como vento veloz volvem em tumulto,
suspendem o superego com pulso de ferro. 

Reencontro regentes que remexem selos e rótulos,
sobreposto nos ombros como peso,
oneroso no osso, nos olhos e no ventre,
volume turvo, trêmulo de truque.

Recompenso no consolo do meu colo.
Reconduzo-me em conhecer pelo conserto.
Compreendo o concerto que concebo, concordo e concedo
sob o complô comum que condeno.

Cedendo de mim por completo e compenso 
no que concorro convencendo-me, cresço.
Delego deveres emergentes que empreendo,
mergulho no centro do núcleo consequente. 

Sob o crepúsculo crônico do véu em cores 
costuro vestes de pele com fluxo do gênese.
Obtenho nudez do espectro no espelho
como um escultor com seu escudo

Conservo contente o que coordeno;
converto corrente em forno fervente;
corro descrente do descontrole;
desenvolvo produto com nexo de mestre docente. 

Condoe-me, confuso cômodo conforto,
de quem consegue um chulo consumo opulento,
dos cofres ou cestos, no chute bruto, num golpe,
com gozo de gestor preso no progresso. 

  O custo nos descontos dos despejos 
elege elementos dormentes,
 e no duelo do elenco que emendo,
enche-se de enfermos, de entulho e de enterro.

Descontente de ver dependentes desconexos,
desconjuntos e se desentendendo,
desço no desconsolo compressor 
e contorno o que detesto neste enxerto. 

Este documento enxuto que enxugo,
entrego ou entoco ou empurro,
esfrego como esterco, excremento ou estrume,
como objeto perplexo que perturbo. 

Desfolho este evento que detenho,
como puro devoto devoro o furor que geme em greve.
Honro o pudor dos honestos e descentes.
Suporto e supero o que subscrevo.

Concluo e despeço sem esquecer 
do gosto que hospedo no que rego.
Reservo e preservo com sucesso
o oportuno ponto que estruturo.

Encerro o que evoluo sem excesso,
sem fenecer o templo-ser que submeto
no repouso do resumo bem concreto,
procedendo em rede e ordem que remodelo.

Estendo-me e exporto sem preço e sem frete,
seguro de supor um bom sossego,
expondo sem sussurro e sem susto,
o estoque de um motor que revolve. 

Desocupo e devolvo o momento
elegendo o conjunto do povo.
Regenero-me no trunfo que escolho.
Removo e tento viver o melhor percurso. 

(Marco/2015)


9 - SEM A E SEM O 
DESMITIFIQUE 

Decidi escrever ciente de ter fé em Deus,
ente sublime e preexistente,
de ser crente, vivente de bem, 
difrente de célebres dementes, de crimes terríveis que reprimem.

Desmitifique! Cientifique! Sincretize!
Testifique em descrever e deduzir virtudes,
dignifique em viver feliz,
em erguer-se humilde e firme.

Denuncie em despir e em despedir
burgueses inúteis que prendem subsistentes
em vitrines de vírus dependentes
e exisgem em fetiche que fenecem.

Ide! Inicie definir e difundir 
urgente em unir gente que pense
e lute livre e reine resistente
e sustente em sentir e servir.

Verifique estes verbetes e vigie,
revele em perfil sensível,
presente em dizer e incutir, e edite,
divulgue e incremente. Disserte em diretrizes.

Desperte de pé e em lucidez,
lidere e limpe, liberte-se!
Inquiete-se e pule! Indigne-se!
Publique em crise que deprime.

Ensine em equipe e enxergue suficiente.
Estude, eduque e tente, experimente.
Explique em tese perceptível de mestre   
e unifique discentes e descendentes em vencer. 

Inspire e busque dizer discernível,
sugerir e suprir sede de beber,
em crescer dirigível e resistente,
seguir sutil, germe vivente.

Identifique vermes em vestes ruins,
de fuzuê, de fel e fuzil destrutível,
dissidentes fúteis e estéreis que enriquecem negligentes.
Estes insensíveis: Critique! Recrimine! Recuse! Repudie!

Peleje, milite, invente em instruir.
Dissemine em cumprir visível vertente.
Reunir e ungir sem sucumbir.
Reviver juvenil e luzir, ler e ver, rir e ir...

Utilize viés que vivencie em ser prudente
sempre presente, ilumine.
Filie-se em defender fiéis que entendem 
e que vivem em revestir-se em Gênesis.

Trilhe, treine, veleje, enfrente,
eclipse que enfurece e entristece em surdez e mudez.
Peregrine e persevere! Plenifique em viver!
Vibre! Festeje! Revise! Endireite! Respeite!

Repense em síntese e execute desiludir-se,
desdizer de deleites diferentes que diminuem em pequenez crescente.
Negue querer receber e enriquecer
e ter que punir plebes e destruir.

Refute em que reescreve e rediz;
recite queixumes que preceitue mente desprezível
que influi em investir intelegível,
e influente intérprete incendei em imprimir livremente.

Recuse ver vidente que benze em véu de truque,
que treme e teme em tecer leque que inibe;
que em luz e cruz é herege. Investigue!
Principie preferir precedentes sem perecer.

Supere em reverter vertigem que reduz em ferir,
que dilue, digere e exclui! 
Exprime-se em extinguir.
Expele imundicie em epiderme que exibe. 

Suspeite em perceber levemente,
breve deguste de medir em regime vigente,
de permitir que deixe impune delinquentes,
e dizer: Desculpe! Despreze este existente!

Registre e digite expediente que libere
incluir sementes que vinguem e germinem, se reutilizem e fecundem,
sem que retire de espécie vivente
vez de usufruir este verde emergente. Recicle! 

Respire entre residentes e nutrientes em superfície,
que situe e simule restituir penitentes em fúnebre jejum, 
pedestres persistentes em índice indigente execedente.
Vinde! Vede! Espie! Estimule empreendetemente. 

Resumir e reduzir este juiz repente 
em rever e subenteder que desvele e desvende,
neste extencível e difícil deferir de detetive, 
designe-se em deter que discipline e crucifique. 

Risque, revire, reviste e retifique,
sem rigidez de rebelde que rege em vender-se.
Reveze e pinte em pincel de verniz
que prescreve subverter e surgir. Espere! Lute!

Rubrique sem sumir deste ventre descutivel.
Substitue descer em subir.
Segure-se em suceder e empregue em entender.
Envie quem guie merecer e delegue distribuir e dividir bens.

Lembre reerguer de frente renome e mente.
Mire em nível que penetre e integre em rede,
que reflete e emite em fundir e unir,
sem fugir de piquete que mude, que pleitei preencher em viver. 

Delibre, delinei, desenhe, deseje e desempenhe,
determine eregir em nitidez pele que ligue
e mutiplique em render sempre bem. 
Exemplifique e justifique. Identifique em intuir. 

Inteire-se e liste sem limite,
regre em presentir nuvem que intimide,
sem querer que regue em endurecer-se,
sem encher-se de desincumbir-se.

Estipule e especifique estender interesse
que permite prever referente em que (re)fiz,
que repreende inscrever-se sem ser imune,
que insinue instituir e ser impune.

Desligue TV e permute em investir em si.
Gesticule em distinguir-se e gerencie interceder,
e se perder, pegue leve e minimize.
Dispense e elimine quem repete em simplesmente gemer.

Pergunte se quiser, entreviste e requisite sem restringir.
Entregue-se fervente e quente, queime-se sem que pise, sem ferir.
Perdure! Preserve! Perpetue! Desmitifique! Reserve-se!
Termine e encerre. Fixe pertencer em que vive...

(Março/2015)


10 - SEM A E SEM U
GEMIDOS DO POVO POBRE

Escrevo os gemidos do povo pobre em tremor
e regisro o inverso do progresso em objeto de desordem.
Reporto sobre o opressor e o covil do repressor 
que impõem medo, temor e ódio. 

Recomponho e congrego versos do tempo de hoje
concebendo conceitos conscientes sem ser conivente,
e constesto neste contexto consistente
com motivos que exorto em ser ético. 

Com voz e vez ecoo o concerto neste vento
como vivente que convive em movimento .
Observo sem deboche, sendo crítico no direito.
Explico neste escrito o grito do que é digno por lei. 

Decifro no esboço este episódio em provérbios de Jó,
como espelho refletindo o novo.
Oriento-me conhecendo e contemplo,
conforme leio em rigor e defendo. 

Cito neste bloco e componho sem códigos,
forte sentimento reivindico sem competir
sobre crises reincidentes de sofrimentos,
de desperdício, desprezo, fome, comércio e impostos.

Recorro ser resistente e em sobreviver 
com objetivo benevolente de vencer,
de ver resolvido o ofício político do dever,
de dissolver o erro sem medo de dizer.

Rogo insistentemente em interceder por gente,
dizendo o presente verídico e o porvir,
compreendendo com respeito e respondendo em silêncio descontente,
removendo lixo, revertendo, decidindo, envolvendo e escolhendo bem viver.

Inscrevo-me neste folheto com corpo coletivo,
sem decreto de governo e de regime,
longe do poder bélico demente.
Em síntese: Existo! Vivo! Sinto! Movo-me!

E no desenvolvimento deste evento, eclode e estremece,
convoco e convido todo o ser vivente.
Recomeço no reencontro do processo livre
e do projeto efetivo, concreto e possível.

Expresso de frente o perfil sensível 
de desgosto e dor, de estresse e perigo,
de espectro e espinho, de desepero e ceticismo...
Porém, semeio o bem e o belo, o bom gesto de brio. 

Penso nos cortiços desprotegidos e sem sossego,
 nos filhos inocentes sem consolo e inconscientes,
 sempre no serviço dos regentes.
É o Resto oprimido e despido dos descendentes. 

Peço em prece sob o peso dos insensíveis,
com o propósito do novo sopro do Sol Invicto.
Exponho em fogo, vivo e ensino,
com o sentido do Espírito Divino 

Neste texto recito elementos evidentes,
correspondente em pontos e preceitos deprimentes,
evito exibir o excesso e se põe explícito,
e exteriorizo deferindo o oposto estético. 

Revejo diversos experimentos impróprios entre nossos residentes,
no ciclo de controle com o fim em cemitério,
no jogo cíclico do circo de domínio de eletite.
Converso convergindo no correto

 Creio no modelo de ser feliz,
ciente, obediente e gentil,
sincrético nos fenômenos florescentes, 
firme e com fervor, fértil e místico.

Respiro oxigênio cognitivo dos docentes,
disponíveis nos livros e no cérebro,
comovendo o centro ecológico e econônico,
promovendo encontro de moderno lenitivo. 

Desejo beber em fonte excelente 
e encher e cobrir o deserto complexo,
converter o estéril em fermento crescente,
descobrir o diferente no íntimo inerente. 

Leio no limite e nos fósseis dos milênios,
no início, no meio e no infinito,
intervindo como intérprete intenso,
com olho clínico e critério de conferente.

Invisto em conhecer desde o pó de origem.
Prefiro prevenir sem pretexto de proibir.
Desperto dos  mitos e dos ritos mitéricos e de ícones secretos.
Integro-me com o todo no ponto conexo.

Reforço no compromisso exigente em prol do povo pobre.
Coopero em compreender e exercer pelo nome que honro.
Professo oferecer-me se preciso for e sem regresso.
Recolho e recebo do que coordeno sendo independe.

Como nos livros sagrados e bíblicos desde o Gênesis;
com fé reverente no eterno excelso celeste indizível;
Senhor onipotente, onipresente e oniscinete, e sem templo.
Vem! Traz o Reino e vem breve redimir em Cristo!

(Março/2015)


11 - SEM E E SEM I
CARTA AO POVO

Saudação! Shalom!

O assunto da ata agora fala 
dos fatos do mundo ou da nação.
Nada novo nas palavras formadas.
Trago ao povo a carta na mão.