" ESCREVER É PRECISO "

sexta-feira, 10 de abril de 2015

POEMAS CIENTÍFICOS

DESMITIFIQUE



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Desmitifique!
É lei ser gente.
É urgente!
Lute em existir e viver sempre.
Busque sem limite em querer sentir,
ser ciente e ter vez.
Exigir seu "mundi", livre e simples.


Experimente , mude, pense, medite;
recuse tese de elite; 
desintimide, negue este que finge.
Edifique deferente, ressignifique, investigue, duvide, inquiete-se.
Publique firme sem Bem.
Em Deus é que reside seu Bem-Feliz.
Pregue esse viver de fé que reflete em Jesus, 
em Hindu, em Te King, em Zumbi...


Crie e recrie.
É sede que urge beber leite e mel de quietude.
Se se "fez", desse fez, 
vem um germe-semente que une e se define.
Se vive, perece e revive.
Nenhum vivente deve submeter-se em limite, fim, e subsumir.
Evite prender-se.
Liberte-se!



Espécies de Tvs bebem de um elixir ruim,
efervescente, dependente,
que pretendem defender um rei-fetiche,
esfinge que prende mentes em rede demente.


Desmitifique!
Desutilize de fuzis desse regime-estrume,
que se vende e se desentende entre seres.
Esses, subdividem entre si
e se revestem de pele humilde
e emitem sutilmente luzes deficiente
 que reduzem Ente em ninguém.


Em síntese:
Sem ver, sem ciente e sem jus,
imprime e fere.
Ergue um edifício, um dique.
Restringe, impede, submerge, perde-se, extingue.

Viste!
Em nudez, 
viste nitidez de perceber um funil que reprime.


Cientifique!
Eternize este viver de sempre viver em.
Plenifique!
Eleve!
Sê livre, sete mil vezes,
sê livre!
Libere, ensine, ilumine!


Ressuscite este Eu-existente,
inerente em si,
e revele em Ser,
que discerne e crer,
viver em plenitude.


Lembre-se: 
neste Ente que és,
um presente visível,
existe um invisível emergente
que surge independente e em devir.


Inicie em servir sem distinguir,
gente é que és, 
enfim,
semente que define em que existe,
existente, 
vive,
revive, 
resplendente.


(1994)










CIÊNCIA  E  TECNOLOGIA





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Na descoberta do meu eu descobri a ciência,
na descoberta da ciência, descobri suas ideias concretas no coletivo social,

Saí do útero materno e entrei no útero do mundo,
de olhos arregalados invadi a sociedade.

Já temos taxi-espacial pra ir a lua, mas não posso andar de ônibus.

A lógica da crise é a confirmação do capitalismo.

A realidade não é, ainda, o real.
O real é na essência o Ser digno.

A ciência ainda caminha com as doenças e sectarismos.
A ciência é o ser  humano que somos,
ainda no seu egoísmo.

Somos aniquilados e nos aniquilamos até pela omissão.
Somos desencorajados.
Precisamos mergulhar no eu e sair de si para ir ao encontro do outro
e humanizar o mundo.

A vida não é um círculo vicioso, idealista, estática, mecanicista.
É dinâmica.

Víveres! Homens!
Apressamos-nos em em libertarmos.
Acordai-vos!

Destroços humanos do desespero da ciência.
Massa oprimida!
Gênero humano, quem somos?
Para onde vai a nossa Ciência e nossa sabedoria?
Espectro de nós, ó morte!
Comove-nos no induzível, o uno convergente.

Ciência é mais que pensar,
é transformar para a humanização.

Sair da escravidão é fazer uso do sentimento e da razão,
fazer encontrar a liberdade pelo uso do saber.

A vida não é um porto seguro,
um sistema acabado, definido, 
um barco sem rumo no oceano.

No desconhecido da vida
urge a sede de beber na fonte da busca.

O mundo sem o ser humano é um mundo sem consciência,
porque no ser humano, sujeito histórico, reside a consciência do  mundo,
e aí, a humanização.