" ESCREVER É PRECISO "

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

POESOFIA

 MATEMÁTICA




"Abre aspas"

Mais e mais, em questão de minuto, 

vai ficando menos.

Às vezes dividimos para a igualdade.

O diferente é equivalente 

ou ao menor ou ao maior.

O infinito é a porcentagem

que continua até no próprio infinito.

Tudo o que existe pertence ao todo

ou não pertence porque não existe. 

Qualquer que seja o conjunto

o que persevera é a união

e não o vazio.

E na interseção contém ou está contido

o sim e a negação.

E o que não contém ou não está contido,

implica ou é equivalente a uma raiz sem chão

e sem potência.

Logo, a chave da questão é um xis

entre colchetes que abre parênteses 

para uma probabilidade:

calcular o ângulo da situação real

e o grau das pessoas,

que em fração de segundo,

observando a geometria

de nossos paralelos 

e a incógnita de nossos semelhantes,

percebemos que estamos numa reta 

de uma equação de vários segmentos

transformando-se num espiral

com grandezas proporcionais 

para a reprodução natural e racional

da vida e em sentido pleno. 

"Fecha aspas". 

(Maio/2014)



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ALÉM DAS POLITICAS E DAS RELIGIÕES




A quem procurar no caminho

se for na estrada com medo,

condenando-se ao mundo alheio 

com ideias vazias e insensíveis

e com gestos incompetentes?


A vida passa mas deixa marcas 

no percurso histórico 

que problematiza reflexões.

E além do pensamento 

existe um transcendente.


Caminhando no aprendizado

dos passos humildes d da fé

sinto a presença sagrada no corpo vivo

como aprendiz e ouvinte.


As dores ensinam de forma diferente.

São as razões fora da mente.

Sofremos moralmente

sendo indiferente.


Deus! Ò Deus, socorra!

Até quando a opressão?

Sutil, dissimulada, legalizada!

O grito ecoa entre os excluídos.


Quando será celebrado 

o dia sem templos e sem palácios?

A pessoa será um dia reconhecida 

sem a carteira de identidade?


Buscamos atravessar as fronteiras

do nosso egoísmo 

e ir além das políticas e das religiões 

antes que a vida dê o último suspiro?

(Maio/2014)



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AMOR FOLOSÓFICO




Antes de mais nada,

e com o sentido do amor filosófico,

reflito com toda percepção,

e sem ser tão cientifico,

certifico, portanto, minha missão,

 a qual se inscreve no coração.

Nela busco o ser inteiro

que leva ao caminho livre, 

ressignificando minha vida plena. 


Pressupondo que no ser humano 

esxiste uma essência superior 

cabe a cada um 

almejar o alvo de sua felicidade.

Isto é o grande amor.

E não se reduz 

 ao sentimento entre amados,

pois, o amor humaniza,

recria, transcende, salva.

E ao ascender na arte 

que o corpo personifica,

proporciona e medita,

contempla-se a dimensão do espírito,

sentindo toda a natureza 

ecoar as canções de amor. 


O amor tudo encanta e converge.

Renova a vida.

 Faz sentir um novo conhecimento.

Desmitifica as dicotomias.

Reúne para a grande união em favor da paz.

Sem o amro nada somos.

E não existíamos se não fosse o amor.

Ser e amar são a mesma e a única realidade.

No amor redimensionamos a amplitude do nosso ser 

interrelacionando com os nossos semelhantes

e com toda a natureza.

Estamos interligados por causa do amor

numa interconvivência de nossa essência 

com tudo o que existe.


Nada serve "além" do amor.

Porque este "além", não supera o amor. 

O amor vive dentro de nós

e assim convivemos dentro do amro. 

Quaisquer que sejam as mudanças 

e em diversas culturas e crenças,

nada vai além do amor.

Até a esperança morre por último,

e por humildade, dá vez ao amor. 

Eis a grande sabedoria.

(Maio/2014)



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PARA SI E EM SI



Existimos e somos em movimento

e isto é o fenômemo da nossa realidade.

Para si e em si é o que é conjuntamente.

E sendo e desfazendo-se

se torna outro novamente.

Não sendo ser o que é

pensa em ser realmente

no conjunto todo do ser

tendo um corpo completamente.

Sem ser o que é consciente 

se perde na nuvem do inconsciente

se deixa levar e alienar-se

fazendo-se em nada

ou retornando ao princípio da própria esência.

Em si e para si 

em tempo-espaço humano,

historicamente e em toda existência, em tese,

vive-se em liberdade,

cativando, zelando e cuidando.

Além disso, o que resta é uma ideia de valor moral

que chega ao pensamento através das culturas.

(Maio/2014)



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BUROCRACIA



Estou cansados com tantos protocolos

e burocracia sutis com falas melosas e dissimuladas,

encobrindo a realidade de injustiça e exclusão.

Para tanto, reluto livremente.

E enquanto o mundo dá volta,

 já estou estou dobrando na esquina de outra estrada

que vitaliza e felicita a relação humana.

Enqanto se espera por acordos assinados em gabinetes,

muitos morrem  de fome pelas ruas.

Não falo de fatalidade das calamidades

e do estado de emergência.

Denuncio a violência fria arquitada

 por trás dos bastidores das instituições de poder.

Apesar do cansaço, enquanto vivo, resisto, reajo, repenso, refaço.

(Junho/2014)



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TEORIAS



Quando não escolho, já estou escolhendo.

Quando vivo a liberdade também estou preso.

Quando sou consciente,

estou aprendendo a fazer algo novo do inconsciente.

É assim que supero as teorias.

Fazer-se é um ato constante na ação das ideias e das atitudes.

Nada sei, a não ser pelo que faço com consciência, 

intuindo à transcendência.

Sinto que a verdade e a liberdade andam juntas 

e nos motivam a viver.

A causa de nossa existência não está na ciência 

e nem no pensamento vulgar.

Procuro nos pequeos gestos 

responder pelo que faço 

e pelo que decidi escolher.

(Junho/2014)



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REALIDADE E IMAGEM