" ESCREVER É PRECISO "

terça-feira, 10 de maio de 2016

POESOFIA


CANTANIDADE


No canto da comunidade
tem liberdade e união,
tem arte, brilho e cor,
tem rumo certo e direção.

Cantando a vida em comunidade
à luz da Palavra Sagrada 
soa um grito contra a guerra
pela paz tão desejada.

O povo de deus vivo
segue a missão na estrada
luta, avalia e celebra,
festeja sem medo de nada.

Peregrino de força e de alegria
que acredita num mundo novo,
louva a Deus em comunhão
no canto sonoro do povo.

Entoando o canto da terra,
casa habitada da criação,
tudo é pra todos repartidos
se não fosse tanta opressão.

No canto do chão da vida
o pobre tem vez e tem voz
unindo o cordão da gente
juntamos justiça e paz.

Animados no canto da fé
combatemos o sofrimento,
é o povo no meio da rua
nas praças em movimento.

Como chuva que rega a planta
e para todos o sol brilha,
assim se renova a esperança
no povo que compartilha.

Caminhante qual profeta
ensinando o perdão,
denunciando as injustiças
transformando o coração.

A vida em comunidade
prepara a mesa partilhada.
O que tem dá para todos
é lição solidária

Virá o dia da liberdade
no despertar da consciência
e quando chegar a hora
quem é de luta marca presença.

No canto da comunidade
 avida é renúncia e decisão,
é festa, alegria e arte
anunciando a transformação.

(Janeiro/2012) 





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POETRILOGIA



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I

Anima, aspecto feminino do homem.
Animus, aspecto masculino da mulher.
Na poesiologia  tudo é alma.


O poema começa no fim.
Arte, um caminho humano-divino.
Morte, passagem de continuação.


O amor é a imortalidade da vida
com perdão, justiça e paz.
O Criador é nisto  tudo, o todo eterno.


II

A consciência segue um processo histórico
na experiência humana além do mito
e prossegue pelo sentimento da intuição.


Pelo conhecimento o ser se fez humano,
técnico, científico, político,
moderno, simbólico e liberal.


O crente, o ateu ou cético,
não importa a nomenclatura.
 Gente se trata com solidariedade.



III

A natureza é o essencial da vida.
A beleza é o que encanta o coração.
O eclipse é um símbolo de união.


Como matricida destruímos o ecossistema,
Terra! Gritai das cavernas de tua pele.
Guerra! é o grito desumano retumbante.


Do carbono vieram as estrelas e a carne.
Irmanados coexistimos.
Orgânicos somos entre o claro e o escuro.


(Janeiro/2012)