" ESCREVER É PRECISO "

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

POESOFIA




PURA INTUIÇÃO



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O poeta é o empírico da pura intuição
mergulhado na realidade dos conceitos
na forma ordenada de ser e saber entre o espaço e o tempo.

O ser é estético em sua existência
articulado em dimensões entre o céu e a terra
e em movimento dinâmico com sentido e valor.

Somos a externalidade da eternidade
como sujeitos objetivos e subjetivos
no tempo-espaço que toma forma.

Viver é o desafio da existência
que transcende no tempo e no espaço
de forma fecunda, verdadeira e bela.

A realidade ideal é uma utopia
como algo a ser admirado e alcançado
é a ideologia subjetiva do ser em vida.

A validade e o fundamento de nosso ser 
é esclarecido na convivência com nosso próximo
na relação sensível da realidade.

Como intuir a si mesmo se não pelo nosso caminho?
Como alcançar a dimensão transcendente se não a partir do eu?
se não, por que vivemos?


(Dezembre/2012)

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

POESOFIA


CAUSA E EFEITO


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Experiência gera conhecimento.
Assim somos vivenciamento.
E com todo o entendimento 
percebemos o ensinamento.
Conhecimento gera experiência.
Assim é nossa existência.
E em toda nossa essência
se encontra inata a ciência.
Conhecemos para a liberdade
eis a grande verdade
da pura imortalidade.
 Ajuizamos vários conceitos,
criamos nossos preceitos,
sintetizamos causa e efeito.


(Dezembre/2012)

POESOFIA

PURO  E  PRÁTICO


O que é puro não é prático.
O que é prático não é puro.
Mas é possível de julgamento.
Nisto reside a razão e o sentimento.

O raciocínio se ocupa do espaço e do tempo
como formas do próprio ser,
que deduz e intui o conhecimento
relacionando conceitos e realidade.

A realidade é cheia de contradições
entre o pensamento, o conhecimento e a ação.
E diante da existência
nos questionamos por uma finalidade.

Nossos costumes convivem com uma moral
e com isto analisamos nossa liberdade,
criamos leis contra a imortalidade,
com a natureza empírica da felicidade.

Agimos por um motivo essencial
de sermos do bem, e como tal,
sermos plenos de forma natural
revelando o ser transcendental.

O revelado ser que somos
demonstra que o mistério tem nome
que ressurge entre o real e o ideal
na imagem do belo e do sublime.

Julgamos entre o puro e o prático
numa reflexão crítica e poética
entre o sentimento e a razão
nos caminhos da intuição e da dedução.


[ Com base na Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant]

(Dezembro/2012)






POESOFIA

UM MENSAGEIRO

Um mensageiro escreveu um poema metafísico
num caderno de outros tantos versos
sem saber se um dia seria lido ou publicado.
E pensando em sua existência pequena
numa convivência intensa 
apenas vivia sua missão terrena.
Enquanto vivia escrevia
em cada momento oportuno de sua vida.
Tudo parecia um ensaio teatral ao vivo
no espaço entre o céu e a terra.
 E como toda mensagem é dirigida a alguém,
a primeira ideia que se tem 
é para o próprio autor.
Assim se descobre algumas revelações 
nas entrelinhas.
Na primeira linha
identificamos o mensageiro
e logo em seguida
sabemos de ser um poeta.
Quiçá, um profeta, um missionário, um vivente apenas.
E no corpo todo do texto
aparece o corpo carnal,
a mesma carne que escreve
em corpo espiritual
de um mensageiro 
que escreveu um poema metafísico.

(Novembro/2012)