" ESCREVER É PRECISO "

terça-feira, 15 de março de 2016

POESOFIA

POESOFIA



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1- ORADOR


Eloquente orador, pois, se és justo,
prima a justiça na verdade
como súplica da política original.

Venha atender os oprimidos
visto que está posto em vida um jugo.
E sem que julgue injustamente
uma condenação, repetindo: Crucifica-o!

Saiba fazer o maior gesto humano.
Lutar é não ser ingênuo
e quem se corrompe, se faz tirano.

E eis que no tribunal do povo
ninguém escapará da própria morte.
E quando chegar a hora da justiça
será visto nas praças e não em cavernas de gabinetes.

(Janeiro/2012)





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2- FILÓSOFO POETA


Instruído a respeito dos assuntos divinos,
segue uma viagem sem fronteira,
e ao partir, ó filósofo poeta,
como andarilho conhecerás o próprio caminho.

Dirigindo-se ao Oráculo de si mesmo,
sabe-se de si que não sabe,
sendo isto a grande verdade,
vaticina (ou profetiza) o anúncio da vida.

Conhecendo o dever e o poder ,
os guias interlocutores do ego,
deparam-se além disso com o amor,
e vem o sentido que liberta das ilusões.

E nesta instrução itinerante
é que saímos das sombras para o universo luminoso.

(Janeiro/2012)




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3- SOFISTAS

É ou parece, ou deveria ser.
É o argumento de muitos sofistas,
interlocutores cheio de paradoxos e falácias
que refutam em sua retórica
com princípios relativistas ou de pura evidência,
ou com convicção sem provas,
entre a subjetividade de sua teoria mercenária
e a realidade marginal humana.
Aos que agem com sinceridade
no sentido simples da vida
podem falar na causa da justiça
pois tem no pensamento a verdade
e no coração a razão que direciona para o bem.
E ao contrário do que escraviza,
segue a liberdade seu caminho sem fronteiras.

(Janeiro/2012)




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4- RACIOCÍNIO DA JUSTIÇA

O que é o infinito senão em nossa finitude.
Nos movemos desde o princípio
tentando alcançar o inalcançável.
Ultrapassamos o limite humano
num ciclo contínuo e eterno.
Se falamos de algo é porque existe.
Nada escapa ao conhecimento.
Conhecer, portanto, não se limita ao que vemos ou tocamos.
Existe na percepção humana uma lei maior,
um discernimento benéfico
em que o raciocínio da justiça prevalece
no combate as desigualdades.
E o devir de um novo tempo
surge no nosso 
engajamento
comunitário.

(Janeiro/2012)





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5- TEIA UNIVERSAL

Buscamos fora o que está dentro de nós.
Estranhamos a realidade como algo fora de nossa essência.
A nossa consciência se limita ao conhecimento real.
Mas o real do pensamento em si já é uma realidade.
Conceber uma ideia e materializá-la 
já evidencia a materialidade do pensamento.
E o que é individual em cada mente, coletiviza universalmente.
Nada é por acaso ou neutro!
 O que passa a existir e viver
não acaba jamais, refloresce noutra dimensão.
A nossa razão, logos, palavra e ação
são uma realidade necessária,
posto que se encontra numa teia universal
sendo da mesma origem 
e tendo
o mesmo 
fim.

(Janeiro/2012)




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