" ESCREVER É PRECISO "

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

ESCREVENDO .....

  ITINERANTES DE GAIA


 Porquê?


Por que não dói e aperta o coração do ditador?

Se no coração da vida pulsa o gérmen sano?

Por que o ódio consome tanto o ser humano?

Se a natureza expressa tanta beleza e amor? 


Por que tantas guerras em nossa história

quando a paz é bem mais acessível 

e ao invés da ganância, se o amor é possível?

Onde foi que enterraram a misericórdia?


Por que o injusto tem o céu aqui na terra?

Por que a humanidade se desespera?

Por que nasceu o danoso e monstruoso mal?


Por que sinto o aperto e a dor moral?

Por que, então, perguntar pelo bem?

Se somos todos do mesmo hálito do Éden?



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Até quando?

Até quando os gananciosos e os tiranos existirão causando guerras e matando de fome milhares de pessoas na terra cheia de fartura?

Até quando haverá negligentes possuindo a terra em detrimento de pessoas famintas e subalternas. 

Até quando será preciso dizer para deixar de seguir o modelo capitalista neoliberal que tanto oprime?

Até quando ouviremos as promessas vazias entre tribunais e altares com palavras ao vento que só entristecem?

Até quando a terra precisa gritar o seu lamento por compaixão por causa da violência e destruição humana?


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FRATELLO


Fratello, 

come stai?

Parla con me come strumento di felicità

ao som de um violino 

ouvindo Pausini

tocado no piano de uma artesã

degustando um vinho tinto com pizza ou risoto

sentado numa poltrona de um banquete

servido de um delicioso cappuccino

numa porcelana com panetone 

e com o clima carnavalesco 

seremos os maestros e os sonetistas

ou os palhaços de nossas graças

numa Divina Comédia de Dante 

com os caprichos de uma aquarela 

expresso num portfólio de uma gazeta

que se faz alarme popular como cascata

dando trampolim nas políticas.

Assim, seremos como no diário de fotografias

na distância ou em outras direções 

buscando na noite em cada estrela 

em não temer.

Quero dizer-te  

que se ver a luz no horizonte 

e por isso não abandones a esperança.

Mais uma vez eu canto

pelas pedras do caminho

anunciando o meu abraço

o ser entre o tempo e o espaço 

e a vida que é mais essencial.

Tchau!


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*GENEALOGIA DA FAMÍLIA SOUZA:

ANTÔNIO JOAQUIM DE SOUZA (* 27/10/1902  -  † 09/11/1988).& MARIA JOSÉ DA ANUNCIAÇÃO (* 25/03/1898  -  † 03 ou 13 (12)/05/1972).

1) José Santos 12/02/1929 - + 08/10/1985 & Neuza Serafim: (Edson, José, Jonas, Maria Auxiliadora, Jessé, Jônatas)

2) Manuel 1930 & Maria Judite: (Terezinha, Marluce, João Bosco †, Silvanete, Zezinho, Valdir, Lenilda †)

3) Juvenal 1931 & Maria Nelis: (Raimundo Evandro, Ozilan, Lucinete, Julcilan, Valsenir, Claudemir, Vilamar, Rose, Valtemir(Coquinho), Afrânio, José Landir †)

4) Maria Eliezita 1933 & Chicó: (Dulce Maria, Maria José (Mazé), José Osmar, Maria Vanda, José Valdo, Tereza, José Arnoldo, Maria Edite, Maria Necy, Maria Geralda(Gerardinha/Dina), Maria do Socorro

5) Maria Mariquinha (Maria Naisa) 1934 & Odilon Estevão: (José Adeon, João Aderlan, Adervilson, Vanúsia, Ateuno †)

6) Napoleão 1936 & Margarida: (Albani, Atemi, Albeni, Albaniza, Albenice)

7) João *1939 - †10/05/2025 & Irene

8) Alfredo 1940 & Tereza: (Jerônimo, Verônica, Veronice)

9) Maria Neuza (Nelsa)1942 & Antônio Simplício: (Adailton, Adailza, Aldeni(Ni); Socorro, Do Carmo, Marco, João Marcelo †)


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*TIO SANTO (genealogia)*


1- História de Sítio Alegre,

o distrito de Morrinhos,

nascida na terra plantada,

crescida no seu ninho,

um menino se fez homem

no meio de muitos primos.


2- Da família do vô Joaquim

e da vó Maria José

nasceram nove filhos:

três eram mulheres de fé,

eram todos agricultores,

mas um deles era o Zé.


3- O Zé Santo era o meu pai,

pois assim era chamado,

conhecido como tio Santo

rezador bem devotado,

tirava terço e novena

e ficou bem consagrado.


4- Conviveu no convento,

foi bom seminarista,

lá nas terras de Recife,

foi lá que limpou a vista,

casou com minha mãe Neuza,

missão por Deus prevista.


5- Zé Santo criou seis filhos

aumentando a primarada,

pros sobrinhos era o tio Santo,

que a todos abençoava,

ensinava a rezar o terço,

e assim, o Santo pregava.


6- Do campo para a cidade 

a vida fez reboliço,

o Zé que era o tio Santo,

seguia o seu caminho,

em casa sempre acolheu 

os conterrâneos do Sítio.


7- Já disse os nomes dos pais

e agora sigo contando

listando os irmãos do Zé

(José Santos),

vou começar anotando:

Manuel, Juvenal, Eliezita,

Mariquinha e continuando...


8- Napoleão, João e Alfredo,

Nelsa sendo a caçula.

Cada ano era uma semente,

haja feijão com rapadura, 

milho, café e farinhada,

e animação de fartura.


9-  Ainda no rumo da prosa

desta família do sertão,

com crença, fé e coragem,

com esperança no coração,

juntando, vó, vô, ti Santo,

vê-se a prole dos irmãos.


10- A história continua 

com toda primarada,

parece uma grande árvore

da família abençoada,

em nome da santidade,

aqui a narrativa não acaba.


* [55 primos]



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* Livro PDF: As Direitas nas redes e nas ruas. p. 24

* Fr. Betto…

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714 - Um dia de amor

Jonas Serafim


Um dia de amor para te sentir

um dia para te tocar

como já fizemos saudosamente

podendo ser mais intensamente

um dia amadamente

podia ser um dia inesquecível 

dos desejos que sinto 

com os teus caprichos e apetites

vontades que atraem 

— nossa volúpia 

prazeres contidos entre nós 

momento eterno de contentamento 

que com o fervor do sentimento 

acalma-me sutilmente

e expande cautelosamente 

o universo de um dia. 



715 - Do jeito que amamos 

                              Jonas Serafim


Entre a lua cheia e o pôr do sol 

estamos entreolhando o nosso ser

refletindo no reflexo das águas

as inspirações mais veladas

o segredo de viver

a arte do saber. 


Uma tela nos pinta além da imaginação 

na realidade do chão que pisamos 

na paisagem do espaço admirado

pelo sentimento animado

conectados naturalizamos

do jeito que amamos.


E entre o nascente e o poente

reconstruímos pontes

que nos revigoram em luz

que nos conduz

onde encontramos a fonte

imerso em nosso horizonte 










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