ESCREVENDO .....
ITINERANTES DE GAIA
Porquê?
Por que não dói e aperta o coração do ditador?
Se no coração da vida pulsa o gérmen sano?
Por que o ódio consome tanto o ser humano?
Se a natureza expressa tanta beleza e amor?
Por que tantas guerras em nossa história
quando a paz é bem mais acessível
e ao invés da ganância, se o amor é possível?
Onde foi que enterraram a misericórdia?
Por que o injusto tem o céu aqui na terra?
Por que a humanidade se desespera?
Por que nasceu o danoso e monstruoso mal?
Por que sinto o aperto e a dor moral?
Por que, então, perguntar pelo bem?
Se somos todos do mesmo hálito do Éden?
_____________________
Até quando?
Até quando os gananciosos e os tiranos existirão causando guerras e matando de fome milhares de pessoas na terra cheia de fartura?
Até quando haverá negligentes possuindo a terra em detrimento de pessoas famintas e subalternas.
Até quando será preciso dizer para deixar de seguir o modelo capitalista neoliberal que tanto oprime?
Até quando ouviremos as promessas vazias entre tribunais e altares com palavras ao vento que só entristecem?
Até quando a terra precisa gritar o seu lamento por compaixão por causa da violência e destruição humana?
______________________
FRATELLO
Fratello,
come stai?
Parla con me come strumento di felicità
ao som de um violino
ouvindo Pausini
tocado no piano de uma artesã
degustando um vinho tinto com pizza ou risoto
sentado numa poltrona de um banquete
servido de um delicioso cappuccino
numa porcelana com panetone
e com o clima carnavalesco
seremos os maestros e os sonetistas
ou os palhaços de nossas graças
numa Divina Comédia de Dante
com os caprichos de uma aquarela
expresso num portfólio de uma gazeta
que se faz alarme popular como cascata
dando trampolim nas políticas.
Assim, seremos como no diário de fotografias
na distância ou em outras direções
buscando na noite em cada estrela
em não temer.
Quero dizer-te
que se ver a luz no horizonte
e por isso não abandones a esperança.
Mais uma vez eu canto
pelas pedras do caminho
anunciando o meu abraço
o ser entre o tempo e o espaço
e a vida que é mais essencial.
Tchau!
____________________
*GENEALOGIA DA FAMÍLIA SOUZA:
ANTÔNIO JOAQUIM DE SOUZA (* 27/10/1902 - † 09/11/1988).& MARIA JOSÉ DA ANUNCIAÇÃO (* 25/03/1898 - † 03 ou 13 (12)/05/1972).
1) José Santos 12/02/1929 - + 08/10/1985 & Neuza Serafim: (Edson, José, Jonas, Maria Auxiliadora, Jessé, Jônatas)
2) Manuel 1930 & Maria Judite: (Terezinha, Marluce, João Bosco †, Silvanete, Zezinho, Valdir, Lenilda †)
3) Juvenal 1931 & Maria Nelis: (Raimundo Evandro, Ozilan, Lucinete, Julcilan, Valsenir, Claudemir, Vilamar, Rose, Valtemir(Coquinho), Afrânio, José Landir †)
4) Maria Eliezita 1933 & Chicó: (Dulce Maria, Maria José (Mazé), José Osmar, Maria Vanda, José Valdo, Tereza, José Arnoldo, Maria Edite, Maria Necy, Maria Geralda(Gerardinha/Dina), Maria do Socorro
5) Maria Mariquinha (Maria Naisa) 1934 & Odilon Estevão: (José Adeon, João Aderlan, Adervilson, Vanúsia, Ateuno †)
6) Napoleão 1936 & Margarida: (Albani, Atemi, Albeni, Albaniza, Albenice)
7) João *1939 - †10/05/2025 & Irene
8) Alfredo 1940 & Tereza: (Jerônimo, Verônica, Veronice)
9) Maria Neuza (Nelsa)1942 & Antônio Simplício: (Adailton, Adailza, Aldeni(Ni); Socorro, Do Carmo, Marco, João Marcelo †)
___________________
*TIO SANTO (genealogia)*
1- História de Sítio Alegre,
o distrito de Morrinhos,
nascida na terra plantada,
crescida no seu ninho,
um menino se fez homem
no meio de muitos primos.
2- Da família do vô Joaquim
e da vó Maria José
nasceram nove filhos:
três eram mulheres de fé,
eram todos agricultores,
mas um deles era o Zé.
3- O Zé Santo era o meu pai,
pois assim era chamado,
conhecido como tio Santo
rezador bem devotado,
tirava terço e novena
e ficou bem consagrado.
4- Conviveu no convento,
foi bom seminarista,
lá nas terras de Recife,
foi lá que limpou a vista,
casou com minha mãe Neuza,
missão por Deus prevista.
5- Zé Santo criou seis filhos
aumentando a primarada,
pros sobrinhos era o tio Santo,
que a todos abençoava,
ensinava a rezar o terço,
e assim, o Santo pregava.
6- Do campo para a cidade
a vida fez reboliço,
o Zé que era o tio Santo,
seguia o seu caminho,
em casa sempre acolheu
os conterrâneos do Sítio.
7- Já disse os nomes dos pais
e agora sigo contando
listando os irmãos do Zé
(José Santos),
vou começar anotando:
Manuel, Juvenal, Eliezita,
Mariquinha e continuando...
8- Napoleão, João e Alfredo,
Nelsa sendo a caçula.
Cada ano era uma semente,
haja feijão com rapadura,
milho, café e farinhada,
e animação de fartura.
9- Ainda no rumo da prosa
desta família do sertão,
com crença, fé e coragem,
com esperança no coração,
juntando, vó, vô, ti Santo,
vê-se a prole dos irmãos.
10- A história continua
com toda primarada,
parece uma grande árvore
da família abençoada,
em nome da santidade,
aqui a narrativa não acaba.
* [55 primos]
========================================
* Livro PDF: As Direitas nas redes e nas ruas. p. 24
* Fr. Betto…
==========================================
714 - Um dia de amor
Jonas Serafim
Um dia de amor para te sentir
um dia para te tocar
como já fizemos saudosamente
podendo ser mais intensamente
um dia amadamente
podia ser um dia inesquecível
dos desejos que sinto
com os teus caprichos e apetites
vontades que atraem
— nossa volúpia
prazeres contidos entre nós
momento eterno de contentamento
que com o fervor do sentimento
acalma-me sutilmente
e expande cautelosamente
o universo de um dia.
715 - Do jeito que amamos
Jonas Serafim
Entre a lua cheia e o pôr do sol
estamos entreolhando o nosso ser
refletindo no reflexo das águas
as inspirações mais veladas
o segredo de viver
a arte do saber.
Uma tela nos pinta além da imaginação
na realidade do chão que pisamos
na paisagem do espaço admirado
pelo sentimento animado
conectados naturalizamos
do jeito que amamos.
E entre o nascente e o poente
reconstruímos pontes
que nos revigoram em luz
que nos conduz
onde encontramos a fonte
imerso em nosso horizonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário