POEMAS CIENTÍFICOS (1994 - 2009 )
Jonas Serafim
"Aos construtores da sociedade pluraslista" (Aos teólogos).
"Aos cientistas, técnicos e forjadores da sociedade tecnológica, para que incentivem o espírito científico com amor à verdade, a fim de investigar os enigmas do universo e dominar a terra; para que evitem os efeitos negativos duma sociedade hedonista e a tentação tecnocrática e apliquem a força da tecnologia à criação de bens e à invenção de meios destinados a resgatar o homem e a mulher do subdesenvolvimento. Deles se esperam notadamente estudos e investigações tendentes à síntese entre ciência e fé. Exortamos a todos os pensadores conscientes de valor da sabedoria - cuja fonte primeira e última é o Logos (Jo 1,1ss) - e preocupados com a criação do novo humanismo, a que atentem à grande afirmação da Gaudium et Spes: " O destino futuro do mundo corre perigo, se não se formarem homens e mulheres mais instruídos nesta sabedoria (nº 15, c). Para isso, é preciso um grande esforço de diálogo interdisciplinar da teologia, filosofia e ciência, à procura de novas sínteses." (Puebla nº 1240).
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1 - DESMITIFIQUE*
Desmitifique!
- É lei ser gente.
É urgente!
Lute em existir e viver sempre.
Busque sem limite em querer sentir, ser ciente e ter vez.
Exigir seu "mundi", livre e simples.
Experimente, mude, pense, medite;
recuse tese de elite;
desintimide, negue este que finge.
Edifique diferente, resignifique, investigue,
duvide, inquiete-se.
Publique firme seu Bem.
Em Deus é que reside seu Bem-Feliz.
Pregue esse viver de fé
que reflete em Jesus, em Hindu, em Te King, em Zumbi...
- Crie e recrie.
É sede que urge beber
leite e mel de quietude.
Se se "fez", desse fez, vem um germe-semente
que une e se define.
Se vive, perece e revive.
Nenhum vivente deve submeter-se em limite, fim, e sumir.
Evite prender-se.
Liberte-se!
- Espécies de "TVs' bebem de um elixir ruim,
efervescente, dependende,
que pretendem defender um rei-fetiche, esfinge,
que prende mentes em "rede" demente.
- Desmitifique"
Desutilize de fuzis desse regime estrume,
que se vende e se desentende entre seres.
Esses, subdividem entre si e se revestem de pele humilde
e emitem sutilmente "luzes" deficientes
que reduzem Ente em ninguém.
Em síntese:
Sem ver, sem ser ciente e sem jus,
imprime e fere.
Ergue um edifício, um dique.
Restringe, impede, submerge, perde-se, extingue.
Viste!
Em nudez, viste, nitidez de perceber um funil que reprime.
- Cientifique!
Eternize este viver de sempre viver bem.
Plenifique! Eleve!
Sê livre, sete mil vezes, sê livre!
Libere, ensine, ilumine!
Ressuscite este Eu-existente,
inerente em si, e revele em Ser,
que decerne e crer,
viver em plenitude.
Lembre-se:
neste Ente que és, um presente visível,
existe um Ser invisível emergente
que surge independente e em devir.
Inicie em servir sem distinguir,
gente é que és, enfim,
semente que define em que existe,
existente, vive, revive, resplendente.
(1994)
(*Poema escrito sem as vogais "a" e "o").
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