MATEMÁTICA
"Abre aspas"
Mais e mais, em questão de minuto,
vai ficando menos.
Às vezes dividimos para a igualdade.
O diferente é equivalente
ou ao menor ou ao maior.
O infinito é a porcentagem
que continua até no próprio infinito.
Tudo o que existe pertence ao todo
ou não pertence porque não existe.
Qualquer que seja o conjunto
o que persevera é a união
e não o vazio.
E na interseção contém ou está contido
o sim e a negação.
E o que não contém ou não está contido,
implica ou é equivalente a uma raiz sem chão
e sem potência.
Logo, a chave da questão é um xis
entre colchetes que abre parênteses
para uma probabilidade:
calcular o ângulo da situação real
e o grau das pessoas,
que em fração de segundo,
observando a geometria
de nossos paralelos
e a incógnita de nossos semelhantes,
percebemos que estamos numa reta
de uma equação de vários segmentos
transformando-se num espiral
com grandezas proporcionais
para a reprodução natural e racional
da vida e em sentido pleno.
"Fecha aspas".
(Maio/2014)
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ALÉM DAS POLITICAS E DAS RELIGIÕES
A quem procurar no caminho
se for na estrada com medo,
condenando-se ao mundo alheio
com ideias vazias e insensíveis
e com gestos incompetentes?
A vida passa mas deixa marcas
no percurso histórico
que problematiza reflexões.
E além do pensamento
existe um transcendente.
Caminhando no aprendizado
dos passos humildes d da fé
sinto a presença sagrada no corpo vivo
como aprendiz e ouvinte.
As dores ensinam de forma diferente.
São as razões fora da mente.
Sofremos moralmente
sendo indiferente.
Deus! Ò Deus, socorra!
Até quando a opressão?
Sutil, dissimulada, legalizada!
O grito ecoa entre os excluídos.
Quando será celebrado
o dia sem templos e sem palácios?
A pessoa será um dia reconhecida
sem a carteira de identidade?
Buscamos atravessar as fronteiras
do nosso egoísmo
e ir além das políticas e das religiões
antes que a vida dê o último suspiro?
(Maio/2014)
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AMOR FOLOSÓFICO
Antes de mais nada,
e com o sentido do amor filosófico,
reflito com toda percepção,
e sem ser tão cientifico,
certifico, portanto, minha missão,
a qual se inscreve no coração.
Nela busco o ser inteiro
que leva ao caminho livre,
ressignificando minha vida plena.
Pressupondo que no ser humano
esxiste uma essência superior
cabe a cada um
almejar o alvo de sua felicidade.
Isto é o grande amor.
E não se reduz
ao sentimento entre amados,
pois, o amor humaniza,
recria, transcende, salva.
E ao ascender na arte
que o corpo personifica,
proporciona e medita,
contempla-se a dimensão do espírito,
sentindo toda a natureza
ecoar as canções de amor.
O amor tudo encanta e converge.
Renova a vida.
Faz sentir um novo conhecimento.
Desmitifica as dicotomias.
Reúne para a grande união em favor da paz.
Sem o amro nada somos.
E não existíamos se não fosse o amor.
Ser e amar são a mesma e a única realidade.
No amor redimensionamos a amplitude do nosso ser
interrelacionando com os nossos semelhantes
e com toda a natureza.
Estamos interligados por causa do amor
numa interconvivência de nossa essência
com tudo o que existe.
Nada serve "além" do amor.
Porque este "além", não supera o amor.
O amor vive dentro de nós
e assim convivemos dentro do amro.
Quaisquer que sejam as mudanças
e em diversas culturas e crenças,
nada vai além do amor.
Até a esperança morre por último,
e por humildade, dá vez ao amor.
Eis a grande sabedoria.
(Maio/2014)
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PARA SI E EM SI
Existimos e somos em movimento
e isto é o fenômemo da nossa realidade.
Para si e em si é o que é conjuntamente.
E sendo e desfazendo-se
se torna outro novamente.
Não sendo ser o que é
pensa em ser realmente
no conjunto todo do ser
tendo um corpo completamente.
Sem ser o que é consciente
se perde na nuvem do inconsciente
se deixa levar e alienar-se
fazendo-se em nada
ou retornando ao princípio da própria esência.
Em si e para si
em tempo-espaço humano,
historicamente e em toda existência, em tese,
vive-se em liberdade,
cativando, zelando e cuidando.
Além disso, o que resta é uma ideia de valor moral
que chega ao pensamento através das culturas.
(Maio/2014)
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BUROCRACIA
Estou cansados com tantos protocolos
e burocracia sutis com falas melosas e dissimuladas,
encobrindo a realidade de injustiça e exclusão.
Para tanto, reluto livremente.
E enquanto o mundo dá volta,
já estou estou dobrando na esquina de outra estrada
que vitaliza e felicita a relação humana.
Enqanto se espera por acordos assinados em gabinetes,
muitos morrem de fome pelas ruas.
Não falo de fatalidade das calamidades
e do estado de emergência.
Denuncio a violência fria arquitada
por trás dos bastidores das instituições de poder.
Apesar do cansaço, enquanto vivo, resisto, reajo, repenso, refaço.
(Junho/2014)
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TEORIAS
Quando não escolho, já estou escolhendo.
Quando vivo a liberdade também estou preso.
Quando sou consciente,
estou aprendendo a fazer algo novo do inconsciente.
É assim que supero as teorias.
Fazer-se é um ato constante na ação das ideias e das atitudes.
Nada sei, a não ser pelo que faço com consciência,
intuindo à transcendência.
Sinto que a verdade e a liberdade andam juntas
e nos motivam a viver.
A causa de nossa existência não está na ciência
e nem no pensamento vulgar.
Procuro nos pequeos gestos
responder pelo que faço
e pelo que decidi escolher.
(Junho/2014)
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REALIDADE E IMAGEM
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