PURO E PRÁTICO
O que é puro não é prático.
O que é prático não é puro.
Mas é possível de julgamento.
Nisto reside a razão e o sentimento.
O raciocínio se ocupa do espaço e do tempo
como formas do próprio ser,
que deduz e intui o conhecimento
relacionando conceitos e realidade.
A realidade é cheia de contradições
entre o pensamento, o conhecimento e a ação.
E diante da existência
nos questionamos por uma finalidade.
Nossos costumes convivem com uma moral
e com isto analisamos nossa liberdade,
criamos leis contra a imortalidade,
com a natureza empírica da felicidade.
Agimos por um motivo essencial
de sermos do bem, e como tal,
sermos plenos de forma natural
revelando o ser transcendental.
O revelado ser que somos
demonstra que o mistério tem nome
que ressurge entre o real e o ideal
na imagem do belo e do sublime.
Julgamos entre o puro e o prático
numa reflexão crítica e poética
entre o sentimento e a razão
nos caminhos da intuição e da dedução.
[ Com base na Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant]
(Dezembro/2012)
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